Apresentação

sábado, 5 de novembro de 2016

Se você é cristão convicto, não caia no erro de susbstituir Cristo por uma 'espiritualidade' vazia, termo muito usado para definir tudo que se quer se opor ao evangelho.O discurso de "espiritualidades" é plural e com muitos significados, mas serve ao mesmo propósito, a permissividade de crenças, de estados "espirituais" que se oferecem e divulgam nas outras religiões, mas que na verdade, o que aproveita de bom dessa "espiritualidade" já é ofertada ao cristão que segue Cristo verdadeiramente. Tais como o "desapego, a meditação, interiorização, amor ao próximo, paz interior" que são na verdade, uma luta diária, não é uma experiência mágica, não é um curso, mas um processo diário de encontro com Deus. A Igreja Católica dá aos católicos de maneira bem didática até, é uma verdadeira Mãe para os fiéis. Existe toda uma simbologia por trás dos rituais, que quase não é percebida em seu significado profundo. Mas, o que realmente nos é pedido é muito simples, siga Cristo, creia em Cristo, ame a Cristo: "Se me amais, observareis meus mandamentos"(Jo 14, 15).
Não percamos o foco!



Jesus é bem claro, ele não amplia, ele restringe o Caminho, não promete a felicidade aqui, mas no Céu e eternamente (Mt 10,34). Jesus nos chama atenção para as coisas que realmente importam nesta vida terrena.



quinta-feira, 14 de abril de 2016

UM CARDEAL DESCRENTE

CERTO DIA, UM CARDEAL ME DISSE: "NÓS DOIS SABEMOS QUE SATANÁS NÃO EXISTE"

"Bom dia, Eminência, sou o padre Gabriele Amorth. Sou sacerdote paulino. Moro em Roma. Sou também o exorcista oficial da .."
"Sim, eu sei. Ouvi falar de você. Diga-me: o que deseja?"
"Gostaria de encontrá-lo."
"Com que finalidade?"
"Bem, formei uma associação de exorcistas. Nos reunimos em Roma para debater e ajudar uns aos outros. O senhor sabe que, no mundo, somos na verdade muito poucos."
"Escute, agora não tenho tempo. Se desejar, pode vir à minha casa amanhã. Assim, me explica o que deseja. Até logo."
O cardeal encerra a conversa de maneira bem brusca. Ao menos, é o que me parece. Algo me diz que não tem simpatia por mim. Intuo o motivo. Mas ainda quero me encontrar com ele.
No dia seguinte, faço-me anunciar em sua casa, na hora marcada.
[...]
"Entre!", grita uma voz rouca que, imagino, vem do salão no fim do corredor.
[...]
"Você queria me ver. Pois aqui estou. Fale."
"Bem, Eminência. Desejava informar-lhe sobre o fato de que, na qualidade de exorcista da diocese de Roma, pensei em convocar uma pequena assembléia de exorcistas. Somos poucos no mundo e pouquíssimos na Itália. Pensei que um encontro poderia nos ajudar. É um 'trabalho' difícil. Assim, vim até aqui apenas para informá-lo dessa iniciativa."
[...]
"Ruini já foi informado. Escrevi a ele pessoalmente. Pareceu-me conveniente informar também ao senhor..."
"Sim, sim, está certo. Fez bem. Mas quanto a essa história do diabo..."
"Sim?"
"Digo que... O senhor faz o trabalho de exorcista, mas nós dois sabemos que Satanás não existe, não é verdade?"
"O que o senhor quer dizer com 'sabemos que não existe'?"
"Padre Amorth..Por favor.. O senhor sabe melhor do que eu que tudo isso é uma supertição. O senhor não quer me fazer acreditar que realmente crê nessas coisas, não é?"
"Eminência, assusta-o? Mas por quê? Não me venha dizer que o senhor realmente acredita nisso..."
"Eu creio que Satanás existe."
"Realmente? Eu não. E espero que ninguém acredite. Difundir certos medos não é bom..."
"Bem, Eminência... O senhor não precisa me dizer isso...Mas, se me permite, eu lhe sugeriria algo."
"Diga-me."
"O senhor deveria ler um livro que talvez possa ajudá-lo."
"Ah, sim? Que livro, padre Amorth?'
"O senhor deveria ler o Evangelho."
Um silêncio glacial cai sobre a sala. O cardeal olha para mim, sem responder. De maneira que insisto:
"Eminencia, é o Evangelho que fala do demônio. É o Evangelho que nos diz que Jesus expulsa os demônios. E não só isso. É o Evangelho que diz que, entre os poderes que Jesus deu aos apóstolos, está o de expulsar os demônios. O que o senhor deseja fazer? Eliminar o Evangelho?"
"Não, mas eu..."
"Eminência, quero ser franco com o senhor. A Igreja comete um pecado grave ao não falar mais do demônio. As consequências desse comportamento são gravíssimas. Cristo veio e lutou. Contra quem? Contra Satanás. E o venceu. Mas ele segue livre para tentar o mundo. Hoje. Agora. E o senhor, o que faz? Me diz que são apenas supertições? Então o Evangelho também é uma supertição? Mas como a Igreja pode explicar o mal sem falar do diabo?"


"Padre Amorth, Jesus expulsou os demônios, é verdade. Mas é só uma maneira de falar, para pôr em evidência o poder de Cristo! O Evangelho é uma expressão contínua de parábolas. São todas parábolas. Jesus sempre ensinou por meio de parábolas."


"Mas, Eminência, quando Jesus quer usar uma parábola, Ele fala claramente. O Evangelho diz: 'Jesus lhes contou esta parábola'. Ao mesmo tempo, o Evangelho distingue claramente fatos históricos, que realmente ocorreram: as curas, as repreensões, os exorcismos, diferenciando estes das curas. Quando Jesus expulsa os demônios, não se trata de uma parábola, mas da realidade. Ele não lutou contra um fantasma, mas contra uma realidade, do contrário tudo não teria passado de uma farsa. Muitos santos lutaram contra o demônio, muitos santos foram tentados pelo demônio; pense, por exemplo, nas experiências dos Padres do Deserto. Muitos santos realizaram exorcismos. Então, todos foram falsos, todos neuróticos? Como é possível não acreditar na existência de Satanás?"
"Está bem, mas ainda que admitamos que form fatos reais, ainda aceitando que Jesus expulsou os demônios, resta o fato de que Jesus, com sua ressurreição, venceu tudo, portanto, venceu também o demônio."
"Sim, é verdade, venceu tudo. Mas essa vitória deve ser  aplicada e encarnada na vida de cada um de nós. Cristo venceu, mas sua vitória, para nós, deve ser reafirmada dia após dia. Nossa condição de homens impõe isso. A ação do demônio não foi anulada completamente. O demônio não foi destruído. O Evangelho diz que o demônio existe e que tentou inclusive ao próprio Cristo. Jesus deu as armas, deu também a nós, para vencer o demônio. O demônio pode nos tentar ainda, todos podemos ser tentados, como demonstra a oração contra o maligno que o próprio Jesus nos ensinou, o Pai-nosso. Até o Vaticano II, terminada a missa, dizia-se a oração de São Miguel Arcanjo, esse pequeno exorcismo composto pelo Papa Leão XIII, e lia-se o Prólogo do Evangelho de São João, numa chave libertadora."

Sua Eminência já não sabe o que dizer. Não fala nem reage. Levanto-me, despeço-m e saio. E penso: a que ponto chegamos? E pensar que, até princípios da Idade Média, os exorcistas existiam em toda parte. Depois, desgraçadamente, algo mudou.


do livro "O ULTIMO EXORCISTA" - Pe. Gabriele Amorth com Paolo Rodari.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Um exorcismo de arrepiar

Exorcismo contado por Pe. Gbrielle Amorth

"Exorcizo te, immundissime spiritus, omne phantasma, omnis legio, diz padre Paolo. E de repente, a mulher - que até aquele momento havia permanecido sentada, bocejando e esticando os braços, como se fosse um animal que começa a acordar -, de improviso, unidas as mãos às pontas dos pés, lança-se no ar com admirável elegância, e logo desaba, ziguezagueando como uma serpente no meio da sala e permanecendo deitada. O corpo da mulher encontra-se realmente transformado. Seu rosto é horrível. Súbito, joga-se contra o sacerdote, gritando com voz masculina e possante: "Mas quem és tu, que vens lutar contra mim? Não sabes que sou Isabó, que tenho asas largas e punhos fortes?". E lança contra o exorcista um monte de injúrias.

O exorcista, vencido pela emoção, num primeiro momento sente-se aturdido, mas logo uma nova força o invade e sente-se forte, com espírito combativo, cuja força não tem explicações humanas. Ordena à mulher que se cale.

"Eu, sacerdote de Cristo, ordeno-te, e ordeno a quem quer que sejas, e ordeno-te pelos mistérios da encarnação, paixão e ressurreição de Jesus Cristo, por sua ascensão ao céu, por sua vinda no juízo universal, que permaneças quieto, não faças mal a esta criatura de Deus nem aos assistentes, nem às coisas que lhes pertencem, e obedeça a tudo que eu ordenar."

É quando se inicia um diálogo duríssimo entre o demônio e o exorcista. Um diálogo que tira o fôlego.

"Em nome de Deus, diz-me, quem és tu?"

"Isabó", grita a mulher, com o rosto avermelhado e os olhos como que querendo saltar.

"O que significa Isabó?"

"Tu tens inimigos que..."

A mulher tenta desviar o diálogo, mas a pergunta do exorcista é peremptória.

"O que significa Isabó?"

A senhora morde os braços e as mãos. Tenta agarrar o hábito do exorcista e grita:

 "Significa ter um malefício tão bem realizado que já não é possível separar-se."

"Que poder tens?"
"O poder que me dão."
"Que poder te dão?"
"Muitas forças."
"De quem recebes essas forças?"
"Da pessoa que sabe me esconjurar."
"Mas que tipo de italiano é este?"

A mulher tem um frêmito de indignação.

"Eu não sou italiano", grita sarcasticamente. E solta uma tempestade de injúrias que voltaria a se repetir inúmeras vezes.

O sacerdote continua, sem medo.

"De onde vens?"

"Mas tu falas comigo como se eu fosse teu servo."

"Diz-me de onde vens. Em nome de Deus, desse Deus que conheces tão bem, diz-me de onde vens."

A mulher, ao ouvir o nome de Deus, vira o rosto e permanece imóvel por vários segundos.

"Em nome de Deus, por Seu sangue, por sua morte ...."

"Dos desertos longínquos."
"Estás só ou tens companheiros?"
"Tenho companheiros".
"Quantos?"
"Sete."
"Por que entraste neste corpo?"
"Por um forte amor não correspondido."
"Não correspondido por quem?"
"És um imbecil."
"Responde! Quem não correspondeu a esse amor? "
"Este corpo", grita a mulher, dando um forte golpe no peito.
"E por que não correspondeu?"
Altiva, desdenhosa, soa forte a resposta da mulher.
"Porque isso não é justo."
"Então este corpo é uma vítima."
As palavras do padre são acompanhadas de uma risada horrível. A mulher ri, mas com a boca fechada, assumindo a forma de um focinho de porco cuja aparência gela todos com um estremecimento de pavor. 

"Quando entraste neste corpo?" 

Obrigada pelo exorcismo, em meio a violentíssimas sacudidas, que põem à prova os músculos dos assistentes que tentam sujeitá-la, a mulher responde.

"Em 1913, a 23 de abril, às 5 da tarde."

Segundo a declaração da mulher, um espírito estranho entrou em seu corpo depois do malefício de um bruxo, por meio de uma garrafa de vinho, um pouco de salame e algumas gotas de sangue.

"Invadiste só este corpo ou também outros membros da família?"
"Também os membros da família."
"Dá-me uma prova disso."
"Quando este corpo está mal, também a família sente-se indisposta."
"Por quanto tempo dedicaste a entrar neste corpo?"
"Sete dias."
"Em que lugar sucedeu?"
"Em uma casa daqui."
"Qual?"
"Não perguntes" - grita, assustada, a mulher -, "não podes."
"Então sai!"
"Não, jamais."
[...]
"E num impeto de rebelião, solta-se dos assistentes, lança-se contra o sacerdote, agarra-lhe o hábito e rasga-lhe a estola, gritando: "Gastei sete dias para conseguir entrar e tu queres fazer-me sair deste corpo com um só exorcismo?"
[...]
O sacerdote abençoa a mulher com água benta e ela, como se estivesse queimando em fogo vivo, atira-se ao solo, contorcendo-se.
[...]
"Que devo fazer, se enquanto trabalhas para que eu me vá, outros estão empenhados para que eu fique?"

"Responde, em nome de Deus: quando sairás?"

"Sairei quando tenha vomitado a bola que tenho no ventre."

De que ele fala? Da bola de salame por meio da qual se realizou o malefício. Trazem, então, uma bacia.

"Vomita!"

A mulher, com um salto incrível, coloca-se sobre a vasilha e vomita algo.

"Diz-me, espirito imundo, as palavras que te fazem sofrer mais."

O sacerdote obriga a mulher a vomitar tudo que foi usado no malefício. A possuída volta-se para o exorcista com terror e não responde. Mas quando se repete a pergunta, num arrebatamento de pavor e rebelião, ela grita: "Não!"

O exorcismo dura já demasiadas horas. A mulher está esgotada [...] É noite.

Padre Pier Paolo não tem nenhum motivo par duvidar. [...]
No entanto, diz: "É inimaginável como o espírito do mal pode resistir às armas da salvação e ao comando do sacerdote".
[...]

Fazem-se outros exorcismos nos dias seguintes, violentos e tremendos. No quarto dia, na quarta de 1º de junho, o exorcista quer esclarecer o assunto das plantas. Diz: "No outro dia falaste de três plantas. Onde podem ser encontradas?"

"Não sou eu quem deve lhe ensinar essas coisas."
"Em nome de Deus, fala onde se encontram."

A mulher parece vacilar, como frente a um escrúpulo de consciência; mas acaba dizendo, decidida: "Uma no jardim de..., outra no fundo do rio Pó, a terceira no quintal da casa de...".
"Com quem estão amarradas?"
"Com uma linha de lã branca."
"Quem as amarrou?"
"A primeira, quem pediu o malefício. A segunda, um feiticeiro. A terceira, a que está no fundo do rio Pó, estes braços."
"Quando se desatarão"
"Duas já estão desatadas"
"Quando se destacará a terceira?"
"Enquanto tiver esta coisa (ou seja, a bola que a possuída nunca digeriu), a planta não se desligará."
"E quando sairá a coisa?"
"Quando tu quiseres."
"Quero-o imediatamente. Levanta-te e vomita."

Depois de insistir, a possuída obedece e vomita algo por entre espasmos atrozes. O exorcismo se interrompe por pouco tempo. Aproveitando o breve intervalo, padre Pier Paolo pergunta à possuída se alguma vez havia atado plantas em sua vida.

"Sim, uma."
"Onde?"
"No fundo do rio Pó."
"Com o quê as ataste?"
"Com um fio de lã branca"
"E por qual motivo?"
"Porque me asseguraram que, com essa linha, ligaria meu mal à planta."
"E foi assim?"

"Ao contrário. Assim que atei a planta, não podia me deparar do meu mal. E segui piorando cada vez mais. Mas por que me faz essas perguntas?"
"Porque durante o exorcismo a senhora falou dessa planta."
"Fiz mal em atá-la?"
"Claro, é sempre uma superstição. Sabia que, enquanto atava a planta no fundo do Pó, outros, em algum lugar, ligavam outras duas?"
"Não"
No oitavo exorcismo, padre Pier Paolo pergunta ao diabo: 

"Existem feiticeiros?"
"Sim."
"Que fazem?"
"São pessoas capazes de fazer o mal aos outros."
"Têm poder sobre ti?"
"Sim"
"Têm comunicação direta contigo?"
"Sim."
"Quem deu a esta criatura as coisas enfeitiçadas?"
"N. N." (o mandante).
"Onde ele as deu?"
"Em sua casa, em Piacenza."
"Quem levou as coisas?"
"Uma mulher."

 Tratava-se de uma anciã a quem o demônio descreveu com perfeição. Apresentou-se com vestido e cachecol pretos.

"Antes de te lançarem neste corpo, onde estavas?"
"Em um porta-moedas"
Resposta excêntrica, mas existe uma tradição muito viva na Idade Média, chamada "o diabo no porta-moedas".

"Onde estavas antes de entrar no porta-moedas?"
"Num deserto"
"Que fazias ali?"
"Íamos atrás dos cavalos."
"Atrás dos cavalos?"
"Sim, no deserto próximo da quarta diligência."


O assunto é cada vez mais incompreensível. É verdade que os participantes não estão obrigados a crer em tudo que o espírito diz, mas também é verdade que esta complicada história do porta-moedas, do deserto e dos cavalos suscita uma grande curiosidade em todos, ainda que seja dificil de entender. Por isso, padre Pier Paolo quer, enquanto seja possível, verificar a realidade das coisas. Suspende o interrogatório e, durante um breve intervalo, assim que a possuída volta à consciência, pergunta-lhe:


 "A senhora usou alguma vez no pescoço um porta-moedas?".

A senhora hesita um pouco, mas responde: "Sim, uma vez."
"De quem o recebeu?"
"De N.N." (o primeiro feiticeiro);
"Mas as senhora conhece N.N.?"
"Sim, estive com ele muitas vezes."
"Perdoa-me, mas para fazer o quê?"
A mulher fica vermelha.
"Para que me curasse."
"N. N é médico?"
"Dizem que é um santo, curou muitos doentes."
"E também curou a senhora?"
"Não. Assegurou-me que, se levasse no pescoço o porta-moedas, ficaria curada em pouco tempo. Ao contrário, só piorei."
"Por quanto tempo a senhora levou  o porta-moedas no pescoço?"
"Pouco tempo. Da vila de N.N. à minha casa porque onde me tocava produzia um ardor forte e paralisava o lugar. Meu marido queria que eu o usasse de qualquer jeito, que aguentasse, mas eu, a partir de certo momento, não aguentei mais e o tirei."

"Antes de tirá-lo, viu o que havia dentro?"
"Sim, não havia nada. Acreditei que encontraria alguma imagem sagrada, a relíquia de algum santo, mas só havia, parece-me, um pedaço de papel."


Ao voltar ao exorcismo, a possuída permanece relativamente tranquila, mas quando as orações chegam ao Sanctus, salta no ar de maneira indescritível, ameaçando o exorcista com uivos tremendos.


O padre Justino abandona o trabalho de estenografia para tentar segurar as mãos da mulher, mas não consegue. Dos olhos da possuída sai uma luz de ódio aterrorizante.



No exorcismo seguinte ao de 3 de Junho, o espírito se manifesta malévolo e ofensivo, como na vez anterior. Quanto mais terreno perde, mais ofende o sacerdote, para vingar-se.



"vomita", o padre ordena.

"não posso", responde o espírito.
"Em nome de Deus".
"Não posso, imbecil."
"Em nome de Deus", insiste o exorcista.
Então o demônio obedece.
"Que vomitaste?"
"A saliva com muitos fios."
E levantando os olhos para o sacerdote, a possuída mostra-se muito triste.
"Dentro de pouco vomitarei tudo".
"Vomita!"
A possuída está debruçada sobre a vasilha.
"Que vomitaste?"
"Fizeste-me vomitar quase todo o depósito."
"Então não o vomitaste completamente. Por quê?
"Porque não posso."
"É verdade?"
"Sim."
"Impostor! Por que no outro dia me disseste que havias vomitado tudo? És um impostor que fala uma coisa e faz outra."

Diante desse insulto, a mulher da um salto para atacar o sacerdote, mas os assistentes, já acostumados a esses arroubos, caem por cima dela imediatamente. Começa uma luta terrível. Padre Justino corre a ajudar os assistentes. Passando ao lado do exorcista, aconselha-o a dizer alguma coisa. Agora a mulher luta violentamente, ainda que esteja dominada pelo peso dos assistentes, e grita: 
"Soltem-me, quero dar uma patada naquele ali."

Torna-se tremendamente violenta. A saliva escorre de sua boca. Padre Justino e os assistentes se esforçam penosamente para sujeitá-la, mas quase escapa de suas mãos. Então, também as mulheres correm a ajudar. [...]
As coisas se alongam porque, segundo o que disse o diabo, os outros sete demônios lutam para não ter de abandonar o corpo. Além disso, relata que um dos feiticeiros enterrou quatro ovos e colocou em cima uma pera com palavras misteriosas, que significam: "Não serás livre enquanto não vieres até mim".

[...]

"Que se deve fazer para evitar os malefícios?". O demônio se rebela com força, repetidamente, mas é obrigado a responder: "Ter sobre o peito uma cruz abençoada".

[...]

"Assim foram as coisas. Depois de extenuantes exorcismos, depois de árduas batalhas, em 23 de Junho de 1920  a mulher sente-se livre. Mas tudo terminou?

Não. Infelizmente, não. O demônio que estava dentro dela continuará agindo, semeando morte e destruição. E é essa morte e essa destruição que fazem este caso ser único, merecedor de ser estudado e reestudado."

Do livro "O Ultimo exorcista" - Padre Gabrielle Amorth


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

As vitimas do Maligno II

Do livro "Um Exorcista Conta-nos" - Pe. Gabriele Amorth - Ed. Paulinas

Existem pelo menos quatro causas essenciais: porque Deus o permite; porque a pessoa é vítima de um malefício; porque se encontra em estado de pecado grave e endurecida pelo pecado; porque freqüenta locais ou pessoas maléficas.

parte II

2 – Quando é que se é vítima de um malefício. Igualmente neste caso a culpa não é da parte de quem é vítima deste mal; no entanto há uma participação humana, ou seja, uma culpa humana da parte daquele que faz ou manda fazer o malefício a um bruxo. Por agora será suficiente dizer que o malefício consiste em prejudicar alguém através da intervenção do demônio.
OFERENDA DE AMARRAÇÃO
AMARRAÇÃO

Pode revestir diferentes formas: amarração, mau olhado, maldição... mas confirmamos que o meio utilizado é a bruxaria, (o chamado “trabalho”) e que esta é responsável pela maioria dos casos de possessão ou outras perturbações maléficas. Na verdade não sei como é que conseguem justificar-se os eclesiásticos que afirmam não acreditar em bruxarias; e ainda tenho mais dificuldade em compreender em que medida é que podem socorrer os fiéis que lhes aparecem incomodados com estes males.

         Algumas pessoas admiram-se que Deus permita tais coisas. Deus criou-vos livres e nunca renega as suas criaturas, mesmo as mais perversas; no fim faz as suas contas e dá a cada um o que merece, porque cada homem será julgado segundo as suas obras.
Entretanto podemos usar bem a nossa liberdade e receber os méritos por isso, ou podemos usá-la mal e ter culpas. Podemos ajudar os outros ou prejudicá-los através de inúmeras formas de mal, sendo o mais grave pagar a um assassino para que mate uma pessoa; Deus não age para a impedir.

Posso também pagar a um bruxo ou a um feiticeiro para que ele faça um malefício a uma pessoa; neste caso também não está previsto que Deus o impeça, ainda que na realidade o faça muitas vezes. Por exemplo quem vive na graça de Deus e reza com fervor está muito mais protegido do que aquele que não pratica ou, pior ainda, que vive habitualmente em estado de pecado.

         Digamos que, como já tivemos ocasião de repetir, o domínio das bruxarias e dos outros malefícios constitui o paraíso dos vigaristas. Reina a mentira e a verdade é a exceção. Terreno de predileção dos vigaristas, este setor também atrai muito as pessoas sugestionáveis e as mentes fracas. Por isso é importante que o exorcista assim como todas as pessoas de bom senso se mantenham atentas.

         3 – Um estado grave e endurecido de pecado. Agora abordamos a causa que infelizmente no tempo em que vivemos está num crescendo e em conseqüência disso está também num crescendo o número de pessoas vítimas do demônio.
No fundo o verdadeiro motivo é sempre a falta de Fé. Quanto mais a fé diminui, mais a superstição aumenta: é um fenômeno por assim dizer matemático. Creio que o Evangelho nos propõe um exemplo emblemático na figura de Judas. Era ladrão.

Não se imagina quantos esforços fez Jesus para o corrigir e o pôr no bom caminho, obtendo sempre recusas e obstinação nesse vício, chegando mesmo ao cúmulo de perguntar:“Quando me pagareis se vo-l’O entregar? E eles prometeram-lhe trinta moedas de prata” (Mt 26,15). E pode-se ler esta frase terrível, durante a Ceia: “E então, Satanás entrou nele” (Jô 13,27). Trata-se sem sombra de dúvida de uma verdadeira possessão diabólica.

         No estado atual do desmembramento das famílias atendi casos em que as vítimas eram pessoas que tinham uma vida matrimonial desordenada, além de outras faltas; recebi mulheres que, além de outros, tinham cometido várias vezes o crime do aborto; tive casos de pessoas que além de perversões sexuais aberrantes, se tornaram culpadas de atos de violência; e tive também vários casos de homossexuais que se drogavam e que caíram noutras ciladas ligadas à droga. Parece-me quase desnecessário dizer que, em cada caso, o caminho da cura só se inicia através duma conversão sincera.

As vítimas do Maligno

Em 2 de fevereiro de 1975, a Rádio Vaticano entrevistou William Friedkin, realizador do filme O Exorcista, e o teólogo jesuíta Thomas Bemingan, conselheiro técnico.


O realizador afirmou ter querido contar uma história inspirando-se num romance cujo tema se baseava num fato real ocorrido em 1949, mas preferiu não se pronunciar sobre a questão de saber se se tratava ou não de uma verdadeira possessão diabólica, contentando-se em dizer que isso era um problema para os teólogos, e não para ele.

         Quando perguntaram ao padre jesuíta se esta obra era um simples filme de horror ou qualquer coisa de outra natureza, este não hesitou em optar pela segunda hipótese.
 Fundamentando-se no enorme impacto que o filme teve sobre o público do mundo inteiro, afirmou que, com exceção de alguns detalhes espetaculares, o filme tratava do problema do mal com muita seriedade. Além disso reavivou o interesse pelos exorcismos, que estavam muito votados ao esquecimento.

  Para além das ciladas normais, como é o caso das tentações que atingem toda a gente, como se pode cair nas ciladas extraordinárias armadas pelo demônio? Pode-se cair nelas consciente ou inconscientemente, isso depende dos casos.

Existem pelo menos quatro causas essenciais: porque Deus o permite; porque a pessoa é vítima de um malefício; porque se encontra em estado de pecado grave e endurecida pelo pecado; porque freqüenta locais ou pessoas maléficas.

         1 – Porque Deus o permite. Sejamos claros: nada acontece sem a permissão de Deus. Por outro lado, claro que Deus nunca quer o mal, embora o permita quando somos nós a querê-lo (Ele criou-nos livres), e sabe tirar o bem até do mal.
Neste Primeiro caso, não há qualquer culpa humana, mas unicamente uma intervenção diabólica. Conforme Deus permite habitualmente a ação normal de Satanás (as tentações), dando-nos a todos as graças para resistir a elas e tirando daí méritos, se formos fortes; também Deus pode permitir, algumas vezes, a ação extraordinária de Satanás (possessão ou perturbações maléficas) a fim de exercitar o homem na humildade, na paciência e na mortificação.

 Podemos lembrar as duas situações já mencionadas: quando há uma ação externa do demônio que provoca sofrimentos físicos (tais como as pancadas e as flagelações sofridas pelo Stº Cura d’Ars ou pelo Pe. Pio); ou quando é autorizada uma verdadeira infestação, como dissemos a propósito de Job e de S. Paulo.
Padre Pio
Vianney, Santo Cura d´ Ars
 A vida de numerosos santos apresenta exemplos deste tipo. Entre os da nossa época, cito dois beatificados por João Paulo II: o Pe. Calábria e a Irmã Maria de Jesus Crucificado (a primeira árabe beatificada). 
Pe. João
Calabria
Irmã Maria de Jesus Crucificado
 Embora em nenhum dos casos tivesse havido culpa humana (nem por faltas cometidas pelos próprios nem por malefícios feitos por outros) tiveram períodos de verdadeira e confirmada possessão diabólica, durante os quais estes dois bem-aventurados disseram e fizeram coisas contrárias à sua santidade, sem que fossem minimamente responsáveis, pois, era o demônio que agia servindo-se dos seus membros.
Do livro "Um Exorcista Conta-nos" - Pe. Gabriele Amorth - Ed. Paulinas

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Por que, Deus?


João 9: Jesus cura a cegueira dos homens. 

1 Ao passar, Jesus viu um cego de nascença. 2 Os discípulos

 perguntaram: «Mestre, quem foi que pecou, para que ele 

nascesse cego? Foi ele ou seus pais?» 3 Jesus respondeu: 

«Não foi ele que pecou, nem seus pais, mas ele é cego para 

que nele se manifestem as obras de Deus.

É um assunto que atravessa outros assuntos, é uma resposta de Deus que responde tantas outras que surgem. Porque nasci assim? Porque meu filho nasceu assim? Por que eu fiquei assim ou estou passando por isso? Por que Deus permite isso aquilo? Por que Deus permite o mal na terra? Por que Deus permite a tentação de Satanás? Todas essas perguntas podem ser respondidas com a resposta que Jesus deu aos discípulos: para que nele se manifestem as obras de Deus. E ainda, para curar a cegueira dos homens. Até poderia conjecturar a respeito da homossexualidade, mas não sabemos a origem da mesma, se é de nascença, se é adquirida ou se é no campo do espiritual. Mas se ser homossexual está acima da sua capacidade de escolha e não é algo que estava nos planos de Deus para a humanidade, então entra na mesma lógica do cego. Deus vai usá-los para mostrar algo, para manifestar sua glória se demonstrarem superação de braços dados com Deus. É assim com o pecado que desagrada a Deus, por exemplo, uma tentação. Se você se apega em Deus para vencer e se fortalece após a mesma, então a glória de Deus se manifestou em você, você é testemunho, você é obra de Deus.
Muitos vão dizer que tratar a homossexualidade como um pecado é violência simbólica ou um ataque aos direitos humanos dos homossexuais, mas para nós cristãos que nos baseamos na fé, na vivência da fé, no testemunho de Cristo e na história Cristã relatada na Biblia e na tradição da Igreja, então a homossexualidade não estava nos planos de Deus.  Para nós isso é evidente no corpo do homem e da mulher que se complementam. Todos são levados a viver uma relação de aliança com Deus, seja no matrimonio carnal e espiritual, seja só no espiritual (religosos e religiosas) seja na vida de solteiro como leigos. Todos somos convidados a guardar o corpo, zelar pela pureza do mesmo e dos nossos pares, abolir o egoismo, então por que seria diferente com homossexuais?

Apontar o erro não é deixar de amar, não é violência simbólica. Ai daqueles que viram a cara, torcem o nariz, destratam o outro por que o considera um pecador ou menos indigno, Jesus não mostrou nenhum exemplo como esse. Mas mostrou para o que veio e sentou com os marginalizados de sua época porque viu em seus corações a abertura pra Deus.

Nós vemos os resultados das coisas quando elas não são como os planos de Deus, mas Ele sempre dá um jeito de tirar um bem de todo o mal, por isso ele permite esse mal. 

Seja qual for a sua condição, Deus quer um voto de confiança  N´Ele e paciência. MESMO QUE VOCÊ ODEIA A IGREJA, O PAPA e pensa que Deus não tem nada a ver com estes, então busque a Deus do seu modo, converse, questione, mas SE ABRA num diálogo SINCERO. Eu não conheço nenhum personagem biblico ou santo da Igreja que contestando, aclamando, desafiando a Deus não tenha mais tarde encontrado a resposta, que não tenha sido ouvido. Não estou incentivando a ousar de tal maneira, mas de abrir o coração pra Deus nem que seja da pior forma,  que seja de forma sincera. Ele não desampara ninguém, quanto mais com sede da verdade.

A pergunta "por que eu nasci assim ou isso de tão ruim aconteceu comigo?" move muitos a ficarem com raiva de Deus, a tentarem se matar, culpar os outros por suas mazelas. Quantos viraram ateus?Quantos vivem se queixando, inertes e escravos da própria condição? É dificil, é dificil! Mas Jesus ensina a buscar ajuda e conforto N´Ele.

"Muitas pessoas pensam que quando eu caio a vitória será quando eu levanto. A vitoria não é quando eu venço um vicio. Vitória não é quando as circunstâncias mudam. Vitória é quando o seu coração muda. Quando você põe um pouco de fé em Deus, tudo é possível e Ele te dá forças para vencer as dificuldades". (Nick Vujicic)


quinta-feira, 29 de maio de 2014

Homossexualidade: a cruz do autoquestionamento, da diferença, de um futuro repleto de incertezas

Uma das melhores reflexões acerca da homossexualidade numa perspectiva da fé teológica-católica e que pode ajudar na orientação e evangelização do homossexual de como ele pode visualizar o benefício da Cruz.
Por Michael Voris. Canal "Vortezemportugues" do youtube. 

Com tanta confusão na cultura atual em relação à homossexualidade — das diretrizes militares à adoção de crianças por duplas gays, passando pelo “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, etc.
É sempre bom pensar sobre assunto desde uma perspectiva católica. Todos nós conhecemos o ensinamento da Igreja. Este Vortex trata mais de uma espiritualidade que deve ser vista com referência à homossexualidade.

Para o homem ou a mulher que descobrem isso a respeito de si, a reação deve variar entre o espanto, a tristeza e a raiva. O sentimento de “ser diferente dos demais” que toda pessoa sente de tempos em tempos e, às vezes, até mesmo frequentemente, deve alcançar um tal grau de intensidade, que aqueles que não sofrem dele poderiam facilmente não compreendê-lo. Esta é a primeira fonte de compaixão que sempre devemos sentir e demonstrar aos nossos dignos companheiros humanos que têm essa cruz do auto-questionamento, da diferença, de um futuro repleto de incertezas.

Estamos falando aqui, em primeiro lugar, de uma diferença de grau em relação a todas as outras pessoas. Enquanto jovens solteiros heterossexuais experimentam a ansiedade em relação aos seus futuros romances e companheiros, a pessoa com tendências homossexuais as sente mais aguda e intensamente, e nunca é realmente capaz de ter qualquer tipo de esperança em relação ao futuro. Para o católico que tem essa cruz e deseja seguir a Igreja, o sofrimento é também de um tipo que está além da compreensão das pessoas que não são homossexuais. Um católico heterossexual solitário — divorciado ou solteiro — que quer se casar está numa categoria completamente diferente da que está um fiel católico homossexual que simplesmente não pode se casar porque ele ou ela deseja o mesmo nível de intimidade, mas não pode sequer levá-la em consideração. Essa é uma cruz que tem pouco com o que ser comparada. E vista desde uma perspectiva católica também significa que essa pessoa, feita à imagem de Deus, é amada mais intensamente por Deus do que muitas outras. É uma antiga tradição da Igreja o fato de que existem pessoas que são como que almas vítimas, aquelas que sofrem de modo mais severo do que a maior parte de nós. Seus sofrimentos comumente são vistos num contexto físico, e isto é verdadeiro.

Mas há outros cujos sofrimentos permanecem, em grande medida, ocultos aos nossos olhos. Nós só precisamos relembrar o que foi revelado desde a morte da Bem-aventurada Madre Teresa a respeito das dores que encheram e inundaram sua alma. São João da Cruz viveu sua Noite Escura da Alma escondido de quase todos. E, é claro, as dores de Nossa Senhora não tinham comparação e qualquer leigo poderia afirmar que é mais amado por Deus do que ela. Então, qual é o objetivo dessa intensidade de sofrimento? Aquilo que sempre foi... a salvação das almas. Ela é modelada com base na crucifixão. É um flagelo dado àqueles que sofrem com a solidão de nunca terem tido a sensação de que são parecidos com as outras pessoas. Isso é verdadeiro. A pessoa que sofre com a cruz da homossexualidade NÃO é como a maior parte das outras pessoas. Elas são golpeadas não apenas com tentações externas e lembranças constantes de sua diferença por meio das notícias e de histórias midiáticas, mas elas também são submetidas à dor interna e silenciosa de saber que, em muitos casos, essa é a sua sina.

O homossexual católico que aceita sua cruz vê posto diante de si o longo caminho em direção ao Calvário e percebe que apenas começou a subi-lo. Portanto, ele é diferente. Ele deve encarar a vida sob um aspecto completamente diferente daquele sob o qual muitos outros a encaram: o da alma vítima. Ele é diferente. Ele é um tesouro além de qualquer comparação para o Deus que o criou e preparou sua cruz fazendo uso das circunstâncias de um mundo decaído e pecador. Ele é diferente. Sua cruz, se for aceita, diferentemente das cruzes de muitas outras pessoas, ganhará incontáveis almas para Cristo. Quanto mais pesada a cruz, mais difícil de suportar e maior a glória alcançada. Nós celebramos essa verdade elevando os mártires às honras do altar.

Nenhum homem tem maior amor que este: dar sua vida por um amigo. Para o fiel católico que carrega a cruz da homossexualidade, ele ou ela sacrifica sua vida todos os dias por seus amigos.
Eu não sei, mas suspeito que em algum ponto de suas vidas muitas almas como essas de fato percebem que Deus as escolheu especialmente para serem instrumentos de salvação como poucos foram escolhidos e como resultado disso elas em verdade se gloriam em sua cruz. Na mentalidade católica há em meio ao sofrimento da cruz uma dupla alegria: saber que você está buscando sua própria salvação. E a cooperação com Nosso Senhor na condução de muitas outras almas para o Céu em consequência disso.

Deus lhes abençoe.
Eu sou Michael Voris.