Apresentação

domingo, 6 de abril de 2014

Crer ou não crer que Jesus é Deus.


A necessidade que sinto em divulgar os exorcismos da literatura católica vem da tentativa de trazer à tona uma realidade escondida e que de certa forma nos revela a sacralidade dos ritos, do poder dado por Deus aos sacerdotes, do modo operandi de Deus ao permitir uma possessão e ainda nos revela o modo de agir de Satanás e sim, a sua existência.

O engano de tantas religiões poderia ser desmascarado na medida em que se desmascara a realidade dos espíritos malignos. Alguns aceitam imaginar que são apenas espíritos humanos maus, mas não se aprofundam. No exorcismo está claro qual é a natureza dos demônios, onde eles estão, como eles atuam. Não são espíritos malignos que não "fizeram a passagem" ou com "muitas pendências". O padre Gabrielle Amorth¹ fala sobre isso:


Não existem espíritos bons fora dos anjos: nem existem espíritos maus fora dos demônios[...] Os defuntos que se apresentam nas sessões de espiritismo, ou as almas de defuntos presentes nos seres vivos, para os atormentar, não são senão demônios.

Portanto, não acreditem em fantasmas vagando por aí te assustando como nos filmes, mas (nada de ufa) outros fenômenos e espíritos sendo invocados. Uma das constatações que obtive ao ler tais relatos de padres exorcistas foi a de que demônios não só atuam com maldades propriamente ditas, mas também enganando as pessoas a respeito da verdade, deturpando-a com falsas realidades, falsas crenças, falsos dons, falsas aparições, falsas devoções, tanto no meio católico quanto nos meios em que se depara com o sobrenatural, como por exemplo, candomblé, feitiçaria e bruxarias, espiritismo e seus fenômenos paranormais de mediunidade. Com isso, meus caros irmãos e irmãs, a confusão está feita e o homem acaba experimentando de tudo um pouco. Acabam usando de tais práticas para a fundamentação de suas crenças que quero frisar, não são iguais, mas parecidas com os fenômenos que ocorrem em ambiente católico. 

A Igreja se fundamentou no Novo Testamento e não obrigatoriamente no que veio depois dele. Estou querendo dizer que a Doutrina Católica não é fundamentada em sua base nos fenômenos milagreiros ou sobrenaturais posteriores a Jesus, aos apóstolos. A Igreja se enriquece, mas não diz assim "cremos porque vemos", na verdade diz "cremos porque temos fé". Jesus precisou demonstrar alguns milagres para o povo crer que Ele era enviado de Deus, exemplo do evangelho meditado hoje, a 2 semanas da Pascoa, o milagre de Jesus em ressuscitar Lázaro.

Imagina se a Igreja dissesse "vocês têm que crer porque a santa joana operou um milagre" ou porque "o homem tal ouviu dos mortos que é assim". Se assim fosse em Roma, se assim o Papa se referisse então, no que o espiritismo se diferenciaria do catolicismo? O que um tem que o outro não tem?Cura tem, dons especiais tem! Se a Igreja atesta sua credibilidade nos fatos sobrenaturais então, o espiritismo e outros passam a ter a mesma legitimidade. Essa é a pura constatação de Satanás. Ele deve ter pensado, "funcionou com Cristo, funcionará comigo, e os homens me adorarão ou não adorarão mais Ele porque vão acreditar nas mentiras que eu contar". Se a Palavra de Jesus e sua vida publica (milagres e curas) eram a isca para pescar os homens, Satanas passou a atrair os homens usando a mesma formula para pregar uma doutrina obscura que tira Jesus de seu lugar, confunde os homens com coisas sobrenaturais, dá poder a certos homens e pronto. Isso acontece no espiritismo, no meio evangelico, entre os mórmons, no candomblé.

Por isso, que Jesus deixa bem claro desde o começo a que veio, mostrando ser o fundamento de nossa fé, a redenção dos homens, ele veio para salvar. Ponto. Ensinou, converteu com milagres para o povo crer, mas o que ele deixou para a posteridade não foram esses milagres. Os milagres foram o anzol e a isca para pescar os homens, como ele mesmo refere-se a si mesmo. O que ele deixou foi a cruz, a vitoria sobre a morte e a ressurreição. Ponto. E é isso que diferencia o catolicismo de TODAS as outras religiões, credos, um FATO que hoje é posto em dúvida, em descrédito. E o que acontece é que por não crerem nisso, por colocarem o ponto como passivo de discussão e não de fé, acabam se perdendo em debates filosóficos que não chegam à Verdade que Cristo revela.

Sabiamente, a Igreja não toma por dogma de fé, isto é, aquilo que seus fiéis entendem como "Ponto", é crível, é de fé, as revelações, milagres e dons pós Cristo. A Igreja aceita, estuda, dá sua palavra de credibilidade, mas não dogmatiza, em miúdos, ninguém é obrigado a acreditar se não quiser nem será ex-comungado. Um dogma por exemplo, é a constatação que Jesus é Deus. Isto porque leu, estudou, interpretou e confirmou ao longo dos anos que era aquilo mesmo que estava nos livros nos evangelhos anunciado nos livros do antigo testamento. Para o espiritismo e o resto das religiões, Jesus não é Deus, não se baseiam nos livros dos evangelhos, nem nos profetas antigos e pela negação dos dogmas da Igreja Católica criam suas crenças ou práticas. Por isso que no caso de algumas praticas religiosas ou de espiritualidade não é possível haver diálogo, por isso não haverá união de credos ou culto ecumênico entre igrejas, que discordam quanto a Cristo no ponto crucial no que diz respeito a responder ao que veio Jesus, o que fez e para onde foi. 

Já não podemos fazer as mesmas comparações com as religiões orientais ou práticas orientais que têm outra cultura como fundamento, apesar de Israel estar mais próxima de lá do que de cá. Incrível, não? 

Retomando o tópico principal dos exorcismos gravados ou transcritos, estes são documentos de nossa época, estamos atravessando-a agora e cabe a nós aproveitar isso.Examinemos as atuais, o que é que se pode aprender com os exorcismos, com o ritual? Apesar de que as respostas para esta pergunta não fundamentam a Igreja para sua existência, para crer em Cristo. Ela crê na palavra dos apóstolos, que estiveram com Jesus, e os papas que vieram depois e nos grandes doutores da Igreja que elucidaram os evangelhos.

Embora não sejam dogmas de fé ( fundamentos), os exorcismos podem exercer a função de isca para atrair as pessoas para voltarem a ter fé no poder de Cristo e sua cruz, podem ser um raio de luz para os ateus, pois o Sol para os católicos é Jesus Cristo que ilumina nossos caminhos (para chegar à vida eterna), nossas ações (como), nossa fé (os porquês), nossos corações (virtudes). Só há um Cristianismo, no qual o nome já diz que é centrado em Cristo, que adora a Deus nas pessoas de Cristo e na pessoa do Espirito Santo. Não há outro Cristianismo senão esse.

¹Um Exorcista Conta-nos, 2012, p. 36
                     

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