Uma das melhores reflexões acerca da homossexualidade numa perspectiva da fé teológica-católica e que pode ajudar na orientação e evangelização do homossexual de como ele pode visualizar o benefício da Cruz.
Por Michael Voris. Canal "Vortezemportugues" do youtube.
Com tanta confusão na cultura atual em relação à homossexualidade — das
diretrizes militares à adoção de crianças por duplas gays, passando pelo
“casamento” entre pessoas do mesmo sexo, etc.
É sempre bom pensar
sobre assunto desde uma perspectiva católica. Todos nós conhecemos o
ensinamento da Igreja. Este Vortex trata mais de uma espiritualidade que deve
ser vista com referência à homossexualidade.
Para o homem ou a mulher que descobrem isso a respeito de si, a reação
deve variar entre o espanto, a tristeza e a raiva. O sentimento de “ser
diferente dos demais” que toda pessoa sente de tempos em tempos e, às vezes,
até mesmo frequentemente, deve alcançar um tal grau de intensidade, que aqueles
que não sofrem dele poderiam facilmente não compreendê-lo. Esta é a primeira fonte de compaixão que sempre
devemos sentir e demonstrar aos nossos dignos companheiros humanos que têm essa
cruz do auto-questionamento, da diferença, de um futuro repleto de incertezas.
Estamos falando aqui,
em primeiro lugar, de uma diferença de grau em relação a todas as outras
pessoas. Enquanto jovens solteiros heterossexuais experimentam a ansiedade
em relação aos seus futuros romances e companheiros, a pessoa com tendências
homossexuais as sente mais aguda e intensamente, e nunca é realmente capaz de
ter qualquer tipo de esperança em relação ao futuro. Para o católico que tem essa cruz e deseja seguir
a Igreja, o sofrimento é também de um tipo que está além da compreensão das
pessoas que não são homossexuais. Um católico heterossexual solitário — divorciado ou solteiro — que quer
se casar está numa categoria completamente diferente da que está um fiel
católico homossexual que simplesmente não pode se casar porque ele ou ela
deseja o mesmo nível de intimidade, mas não pode sequer levá-la em
consideração. Essa é uma cruz que tem pouco com o que ser
comparada. E vista desde uma perspectiva católica
também significa que essa pessoa, feita à imagem de Deus, é amada mais
intensamente por Deus do que muitas outras. É uma antiga tradição da Igreja o fato de que existem pessoas que são como que almas vítimas, aquelas que sofrem de
modo mais severo do que a maior parte de nós. Seus sofrimentos comumente
são vistos num contexto físico, e isto é verdadeiro.
Mas há outros cujos sofrimentos permanecem, em grande medida, ocultos
aos nossos olhos. Nós só precisamos relembrar o que foi revelado desde a morte da
Bem-aventurada Madre Teresa a respeito das dores que encheram e inundaram sua
alma. São João da Cruz viveu sua Noite Escura da Alma escondido de quase todos.
E, é claro, as dores de Nossa Senhora não tinham comparação e qualquer leigo
poderia afirmar que é mais amado por Deus do que ela. Então, qual é o
objetivo dessa intensidade de sofrimento? Aquilo que sempre foi... a salvação
das almas. Ela é modelada com base na
crucifixão. É um flagelo dado àqueles
que sofrem com a solidão de nunca terem tido a sensação de que são parecidos
com as outras pessoas. Isso é verdadeiro. A pessoa que sofre com a cruz da homossexualidade NÃO é como a maior
parte das outras pessoas. Elas são golpeadas não apenas com tentações
externas e lembranças constantes de sua diferença por meio das notícias e de
histórias midiáticas, mas elas também são submetidas à dor interna e silenciosa
de saber que, em muitos casos, essa é a sua sina.
O homossexual católico que aceita sua cruz vê posto diante de si o longo
caminho em direção ao Calvário e percebe que apenas começou a subi-lo. Portanto,
ele é diferente. Ele deve encarar a vida sob um aspecto completamente diferente
daquele sob o qual muitos outros a encaram: o da alma vítima. Ele é diferente. Ele é um tesouro além de qualquer
comparação para o Deus que o criou e preparou sua cruz fazendo uso das
circunstâncias de um mundo decaído e pecador. Ele é diferente. Sua cruz, se for
aceita, diferentemente das cruzes de muitas outras pessoas, ganhará incontáveis
almas para Cristo. Quanto mais pesada a cruz, mais difícil de suportar e maior
a glória alcançada. Nós celebramos essa
verdade elevando os mártires às honras do altar.
Nenhum homem tem maior amor que este: dar sua vida por um amigo. Para o fiel católico que carrega a cruz da
homossexualidade, ele ou ela sacrifica sua vida todos os dias por seus amigos.
Eu não sei, mas suspeito que em algum ponto de suas
vidas muitas almas como essas de fato percebem que Deus as escolheu
especialmente para serem instrumentos de salvação como poucos foram escolhidos
e como resultado disso elas em verdade se gloriam em sua cruz. Na mentalidade católica há em meio ao sofrimento da
cruz uma dupla alegria: saber que você está buscando sua própria salvação. E a
cooperação com Nosso Senhor na condução de muitas outras almas para o Céu em
consequência disso.
Deus lhes abençoe.
Eu sou Michael Voris.
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